Ana Laíns e Banda da Carlista nas Comemorações do 25 de Abril em Montemor-o-Novo
Atualizado em 26/04/2023No serão de 24 de abril, na véspera desse “dia inicial, inteiro e limpo”, no Cineteatro Curvo Semedo, aconteceu o concerto “Ana Laíns convida Carlista – As Canções da Liberdade”, no âmbito das Comemorações do 25 de Abril!
A anteceder o concerto, Olímpio Galvão, Presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, deixou breves palavras ao público que praticamente esgotou a mítica sala de espetáculos montemorense. “Vamos ter aqui hoje um excelente espetáculo, com a Ana Laíns e a Banda da Carlista, numa homenagem às canções da resistência, às canções da Liberdade”, começou por dizer Olímpio Galvão. Para o Presidente de Câmara, e como escreveu José Mário Branco, “a cantiga é uma arma”. É uma arma em que os seus poemas são balas contra a repressão e de luta por um mundo melhor”. Neste espetáculo, segundo o autarca, “a Banda da Carlista representa aqui também os militares que marcham a caminho de Lisboa para nos libertar”, acrescentando que “o 25 de Abril não tem donos. Muitos lutaram e morreram por ele na ditadura, os militares o concretizaram em 1974, e todos nós temos a obrigação de o fazer cumprir todos os dias da nossa vida!”. A terminar Olímpio Galvão referiu que “Abril cumpre-se e constrói-se em todos os momentos. É como um jardim que precisa de cuidados permanentes, porque os cravos, tal como todas as flores, são frágeis por natureza”.
Depois seguiu-se um concerto vivido de forma intensa, com emoções à flor da pele, numa simbiose perfeita entre Ana Laíns e os músicos que a acompanham, entre eles o montemorense Bruno Chaveiro, com a fabulosa Banda da Carlista, dirigida pelo maestro João Cerqueira. Pelo palco do Curvo Semedo desfilaram canções de alguns dos maiores nomes da música portuguesa, com orquestrações especialmente construídas para a ocasião, mas também algum do reportório próprio de Ana Laíns, cantora com mais de 20 anos de carreira! O concerto culminou com público e artistas a cantarem o “Grândola, Vila Morena”, de Zeca Afonso, numa noite em que, tal com escreveu Ana Laíns, teve um “público acolhedor”, e que “tudo o que escrever sobre o concerto no Curvo Semedo irá pecar por ser pouco”.