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Realizou-se na manhã de dia 25 de Abril, em Montemor-o-Novo, integrada nas comemorações do 50.º Aniversário da Revolução dos Cravos, a 42.ª Estafeta da Liberdade, uma organização da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo e das Juntas de Freguesia do concelho. A Estafeta da Liberdade 2024, cuja partida foi efetuada da freguesia de Foros de Vale de Figueira, anima as estradas do concelho de Montemor-o-Novo desde 1981. A dinâmica aldeia de Foros de Vale Figueira recebeu pela 3.ª ocasião a partida da Estafeta, tendo a 1ª Estafeta com partida dos Foros ocorrido em 1993, regressando depois em 2003 e 2013. Com meta instalada no Parque Urbano, em Montemor-o-Novo, a prova totalizou 17km e esteve dividida em 20 percursos, com uma distância aproximada de 855 metros, unindo centenas de atletas das diferentes equipas representativas das várias freguesias. Participaram este ano 11 equipas masculinas/mistas e 5 equipas femininas, num total de cerca de 370 atletas. Para além da vertente competitiva, a manhã do Dia da Liberdade, pontuada por tempo ameno, foi marcada pelo magnífico convívio entre as equipas e a alegria de centenas populares que assistiram ao desenrolar da prova. Tanto em masculinos como em femininos, a grande vencedora foi a equipa do Bispo. Ao longo das edições da Estafeta está em disputa um Troféu a ser conquistado pela equipa que alcançar 3 vitórias consecutivas ou 5 alternadas. Em 2024, este Troféu ficou a título provisório para a equipa masculina (2ª vitória consecutiva) e título definitivo para a equipa feminina (3ª vitória consecutiva). RESULTADOS da 42.ª Estafeta da Liberdade: Equipas Masculinas: 1º – N.ª Sr.ª do Bispo A 0h:59m:35s 2º – Cortiçadas de Lavre 1:02:16 3º – Vila – ACM 1:02:17 4º – Foros de Vale Figueira 1:04:22 5º – Santiago do Escoural 1:05:10 6º – Bispo – São Geraldo 1:05:35 7º – Silveiras 1:05:59 8º – Lavre 1:00:05 (equipa penalizada ficando com o tempo final de 1:08:40) 9º – TIS Futsal 1:09:18 10º – Ciborro 1:09:44 11º – Cabrela 1:11:54 Equipas Femininas: 1º – Bispo 1h:19m:52s 2º – Cortiçadas de Lavre 1:25:31 3º – Vila – ACM 1:27:33 4º – Foros de Vale Figueira 1:28:10 5º – Lavre 1:30:52

No âmbito das comemorações do 50.º Aniversário do 25 de Abril, a manhã do Dia da Liberdade iniciou pelas 9h00, no Largo dos Paços do Concelho, com o tradicional Hastear das Bandeiras, no qual participou a Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo. Findado o Hastear das Bandeiras no edifício da Câmara Municipal, eleitos da Câmara Municipal, Assembleia Municipal, Juntas de Freguesia e população seguiram para o Terreiro de São João de Deus, prosseguindo depois para o Monumento ao Antifascista, com a iniciativa a culminar no quartel dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo.

Após o concerto de Júlio Pereira, junto ao Cineteatro Curvo Semedo, findámos a noite de dia 24 de abril a ouvir “…livres de dizer”, com textos por Maria Villa Lobos, porque o 25 de Abril de 1974 também foi a vitória das palavras. O Grupo Coral Fora d´Oras também se juntaram cantando o tema “Somos Livres”. Depois seguiu-se uma breve atuação da Banda Filarmónica da Casa do Povo de Cabrela e, à meia-noite, os céus de Montemor comemoram os 50 anos do 25 de Abril com Fogo de Artifício. Pouco depois decorreu uma Arruada com a participação da Banda Filarmónica da Casa do Povo de Cabrela, com início junto ao Monumento ao Resistente Antifascista do Alentejo.

Na noite de 24 de abril, no Curvo Semedo, e no âmbito das Comemorações dos 50 anos do 25 Abril, recebemos em Montemor-o-Novo Júlio Pereira, um dos mais importantes nomes dos últimos 50 anos da música portuguesa. O “homem dos sete instrumentos”, acompanhado por Miguel Veras, Ricardo Silva e Diogo Penha, proporcionou um concerto íntimo e uma belíssima experiência musical. Antes da atuação de Júlio Pereira, Olímpio Galvão deixou breves palavras, recordando que “Montemor-o-Novo foi terra de bravos combatentes contra a ditadura, com cerca de 3 centenas de presos políticos, violentamente torturados pela PIDE e 2 deles mortos, Germano dos Santos Vidigal e José Adelino dos Santos”. Após recordar a “coragem que os militares de Abril e milhares de portugueses tiveram antes da Revolução”, o Presidente de Câmara referiu que “é cada vez mais importante celebrarmos 25 de Abril de 1974, porque cada vez que o celebramos estamos a lembrar-nos a nós e aos outros para onde não queremos voltar, para onde não vamos regressar. Não queremos voltar para uma ditadura que nos oprimia, que nos amordaçava, que nos explorava, que nos segregava, que não nos considerava iguais de direitos, que opunha os privilegiados de berço contra a maior parte dos portugueses”.