Estendal vai ter FESTA em São Geraldo!
Atualizado em 15/11/2022A Câmara Municipal de Montemor-o-Novo e a União de Freguesias de Vila, Bispo e e Silveiras, juntam-se e convidam todos para esta FESTA, uma festa que envolve um projeto e uma aldeia, que juntou uma artista a pessoas que lhe conquistaram o coração, numa história bonita de arte e afeto!
Esta FESTA marca o final da 1.ª fase do projeto ESTENDAL, um Projeto de Arte Urbana em Lavadouros Públicos!
No próximo sábado, 19 de novembro, o projeto “Estendal” vive este dia de festa, em São Geraldo! Vamos celebrar, pelas 12h00, a conclusão da 1.ª fase do projeto! Recordamos que, desde setembro de 2022, que em Montemor-o-Novo estamos a viver esta primeira fase do “Estendal”, um Projeto de Arte Urbana em Lavadouros Públicos, que tem como tema base a água. Nesta primeira fase, ganharam vida 4 lavadouros – Casa Branca, Santiago do Escoural, Fazendas do Cortiço e São Geraldo – respetivamente por Gonçalo MAR, Mariana Duarte Santos, Los Pepes (Meggie Prata e Francisco Leal) e Mariana Dias Coutinho, numa boa e profícua colaboração com as Juntas de Freguesias, neste caso de Santiago do Escoural e União de Freguesias de Vila, Bispo e Silveiras.
A FESTA será em São Geraldo, pelas 12h00, no Lavadouro de São Geraldo, um projeto simbólico e significativo, bem revelador daquilo que é o Estendal! O lavadouro da aldeia de São Geraldo, construído na década de 70, é dos poucos que ainda é utilizado. Foi neste lavadouro que ganhou vida uma intervenção realizada pela artista Mariana Dias Coutinho, intitulada Lavar a Terra, que aqui concretizou uma pintura mural, realizada com pigmentos naturais, agregando numa obra a passagem da lavagem de roupa na ribeira para os tanques do lavadouro e as características deste trabalho.
Durante um período de 3 semanas, Mariana Dias Coutinho, desenvolveu uma residência artística onde promoveu processos de envolvimento com a comunidade e permeou os caminhos, lugares e histórias da aldeia. Este profundo contacto possibilitou a realização de um mapeamento histórico-afetivo e definiu os 19 locais para a recolha de amostras de terra que depois de processadas serviram como pigmento para a pintura.
De modo a tornar-se representativo e mais próximo da sua história e realidade atual, este projeto, encorajou a participação da população durante as suas diferentes fases: definição dos locais de recolha de terra, processamento das amostras de terra para produção de pigmento e assistência na pintura mural.
Ao trazer-se, de novo, a terra ao lavadouro, imprime-se com a pintura mural a relação contínua entre os ecossistemas, os recursos naturais e o ser humano, assim como, se reconhece e valoriza os sistemas de suporte e solidariedade das comunidades rurais.