V Encontros Literários | ‘Literatura e Fado’ – 20 de abril | 21h30
Atualizado em 18/04/2024Os V Encontros Literários terminam numa outra Biblioteca: a do Convento de São Domingos, pela noite de sábado e ao som bem português do Fado. A sessão ‘Fado e Literatura’ contará com reputados intérpretes e músicos enquanto convidados.
Presente estará a fadista Ana Grilo, montemorense que se destaca como presença habitual em algumas das mais afamadas casas de fado de Lisboa; também marca presença Ricardo Ribeiro, um dos maiores nomes da atualidade no mundo do Fado, com reconhecimento em Portugal e no estrangeiro, e residente em Cabrela.
Junta-se a eles o músico Bruno Chaveiro, também montemorense e um dos mais prestigiados guitarristas e compositores dos dias que correm; e Flávio César Cardoso, destacado músico que com a sua viola acompanha, desde 2015, Carminho.
Esta fabulosa sessão de encerramento será apresentada por outra montemorense: Helena Rocha.
Entrada gratuita mediante reserva: biblioteca@cm-montemornovo.pt
Ana Grilo:
A fadista Ana Catarina Grilo nasceu em Agosto na bonita cidade de Évora, vivendo desde sempre em Montemor-o-Novo. Hoje aos 30 anos, conta já com um vasto currículo na área musical, descobrindo desde muito cedo o gosto pelo fado, por influência do seu pai, fadista amador.
Com apenas 4 anos de idade pisou um palco pela primeira vez para cantar “A Lenda da Fonte” e desde então o fado corre-lhe nas veias. Aos 12 anos ingressa na Escola de Música Ensemble Monte Mor, em Montemor-o-Novo, onde desde cedo deu provas do seu amor e dedicação pela música. É durante os 9 anos que frequenta esta escola de música que tem oportunidade de participar em musicais infantis, peças para crianças, sempre como cantora.
Na área do canto conta com formação há já algum tempo com os mais variados e melhores professores, e mais recentemente é aluna e protegida do mestre da viola de fado, José António Carvalhinho. Ana Catarina Grilo participou inicialmente em vários concursos de fado, ficando sempre nos lugares cimeiros ou ganhando os mesmos.
Hoje enquanto profissional e reconhecida fadista, canta ao lado de nomes como: Alexandra, Marco Rodrigues, Pedro Moutinho, Filipa Cardoso, Alice Pires, Yola Dinis, Maria Armanda, Maria da Nazaré, etc… sendo presença habitual na mítica Adega Machado, no Marquês da Sé e no Clube de Fado. Ainda assim permanece como fadista residente no restaurante Porta de Alfama, o que não quer dizer que não percorra o país de norte a sul e estrangeiro para os seus espetáculos a solo.
Licenciou-se em Música na Comunidade na Escola Superior de Música de Lisboa.
Lançou o seu primeiro CD em Agosto de 2005, intitulado “Quem Me Dera Ser O Fado”, um trabalho que caracteriza enquanto tradicional, mas atual, e que homenageia nomes do fado como José Manuel de Castro, seu padrinho de fado, Max e Maria da Nazaré, sua madrinha de fado. Tendo produção do seu mestre José António Carvalhinho.
Neste momento encontra-se a preparar o seu segundo álbum que sairá no decorrer deste ano.
Bruno Chaveiro:
Depois de vários anos a acompanhar outros artistas, em 2017, Bruno Chaveiro começa uma viagem pela composição quando percebe que tem vontade de partilhar as suas criações e as suas músicas preferidas com o público.
Esta vontade, aliada a 17 anos de vivência no fado, 10 anos a tocar Guitarra Portuguesa e 5 anos a viajar pelo mundo em prol do Fado e da Música Tradicional Portuguesa, culmina no seu primeiro disco a solo: “#DESATINO”, lançado em 2019: um álbum fresco no que ao repertório e arranjos diz respeito, evocando alguns dos maiores Guitarristas Portugueses, bem como o seu repertório e composições próprias.
Diz Bruno Chaveiro: “o meu disco e os meus concertos são ‘simplesmente’ um registo das minhas composições, da minha música… são, na verdade, uma autobiografia expressa por meio da música, agradecendo a todos os que foram cruciais para a minha aprendizagem musical e pessoal.” A somar a sua prestação como guitarrista, Bruno desafiou-se a cantar e em 2021 lançou o tema “Incerteza”, que é na realidade o mote para um concerto renovado em 2022.
Em trio, quarteto ou quinteto, Bruno Chaveiro leva a sua Guitarra por um caminho audaz, passando pela tradição do Fado, pela música popular, tocando no jazz e assumindo as suas criações, com imenso talento e a irreverência própria da juventude. Bruno Chaveiro é um dos maiores valores da nova geração de compositores e guitarristas portugueses
Flávio César Cardoso:
Flávio César Cardoso ingressou o fado desde muito jovem, por influência dos seus pais músicos. Aos nove anos começou a tocar viola nas casas de fado.
Teve aulas particulares durante sete anos com José Carvalhinho, que lhe deu formação equivalente ao programa do conservatório na integra e seguidamente estudou mais dois anos nos Salesianos.
Acompanha a fadista Carminho desde Junho de 2015, e em paralelo estuda várias áreas da música clássica tal como orquestração, por iniciativa própria.
Ricardo Ribeiro:
Ricardo Alexandre Paulo Ribeiro, mais conhecido como Ricardo Ribeiro (Lisboa, 19 de Agosto de 1981), é um fadista português. Com vários prémios alcançados e um repertório assente num repertório de fado tradicional (tendo como maior referência fadista Fernando Maurício) Ricardo Ribeiro é reconhecido no universo da World Music, quer pela colaboração com o libanês Rabih Abou-Khalil, quer pelos trabalhos em nome próprio.
Helena Rocha:
Montemor-o-Novo, 1975 – nasce abençoada pela ceia fabulosa da sua Mãe antes do parto. Licencia-se em Línguas e Literaturas Modernas- tradução – PT/IN – ainda sem conhecer a Martha Nussbaum, mas a acreditar no poder transformador da Literatura, das Humanidades e das Artes, praticando ballet clássico e participando em teatro escolar e amador durante vários anos. Em 1999 – literalmente no século passado – e depois de dar aulas de Inglês, começa a trabalhar na Direcção Regional de Cultura do Alentejo/MC, agora Unidade de Cultura da CCDR-Alentejo. Aprender é um dos verbos do seu ADN e conclui em 2010 a Pós-graduação do ISCTE em Gestão e Empreendedorismo Cultural e Criativo, continuando sempre a desenvolver competências que lhe permitam realizar as suas funções com padrões e valores elevados, rigor, escuta, diálogo, abertura, na sua autenticidade e o foco na sustentabilidade do futuro que é o hoje. Ausenta-se durante o ano de 2021 abraçando outros desafios em organismo do Ministério da Cultura, e regressa em 2022 a Évora, à actual Unidade de Cultura, onde se mantém no desempenho de funções nas áreas da dinamização e promoção culturais, avaliando e acompanhando iniciativas e projectos artísticos e criativos de diferentes tipologias, domínios e dimensões, contribuindo para que a Cultura seja efectivamente o pilar do desenvolvimento neste território ímpar que é o nosso Alentejo. Abraça a causa do Serviço Público na área da Cultura, que muito enriquece a sua Vida. Adora comunicar, dançar, ler, cozinhar, praia e mar. Música, Cinema, Teatro, Dança. Jazz. Ópera. Piano, Violino, Contrabaixo. Pratica Yôga e é adepta de viajar cá dentro e lá fora. Entusiasta de caminhadas, jantaradas, petiscos e longas e entusiásticas conversas com família e amigos.